
Graduanda em Letras pela UFG.
Resumo da pesquisa:
O sagrado e o profano como representação da mulher no imaginário coletivo visto por uma perspectiva histórica. A mulher sempre situada entre a Deusa e a Bruxa, entre Eva e Lilith, entre Maria e Salomé. Dentro desse pressuposto, o objetivo é pesquisar como esses discursos e crenças permanecem nos dias atuais entre rupturas e permanências. Estudar essas manifestações do sagrado e o profano feminino na história e problematizar no Brasil de hoje referenciando nos cultos afro-brasileiros com suas iabás, o culto à Maria dos católicos e, ainda, na resistência em aceitação da mulher nos lugares de poder, ora divinizada ora demonizada, isto é, entre Deus e o Diabo. Ao se procurar embasamento histórico, temos na Idade Moderna um quadro representativo do objeto em questão, pois que, entre 1450 e 1700, estima-se que 20 000 pessoas foram mortas em fogueiras sob acusação de bruxaria, claro, a maioria mulheres. Assim, procuro me orientar para esse trabalho no referencial teórico de Mircea Eliade (1907/1986), O Sagrado e o Profano; e Laura de Mello e Souza (1987) A Feitiçaria na Idade Moderna.